quarta-feira, 28 de maio de 2008

lks

lembrar daquele noite me fez bem. uma quarta-feira qualquer e o desejo nos fez inventar mentiras em casa para um encontro rápido. sua definição de amizade erótica - tal como Tomas - sendo concretizada. no seu carro, em menos de cinco minutos em que me sentara, você perguntou:
- você tem camisinha?
você estava lindo cantando alto enquanto dirigia e reclamava do trânsito. eu sempre gostei de estar com você no seu carro. as poucas vezes que estivemos juntos não me fazem ser uma idiota, porque é mais sensato mesmo gostar de algo que pouco acontece. assim meu amor não foi um vício, um costume. foi verdadeiro. pequenas coisas sempre têm mais valor. e pequeno equivale a pouco na nossa história.

o que me faz lembrar de nós eu não sei. mas eu sei que nos encontramos no melhor momento para o meu ego: a noite. como notívaga que sou, a noite me faz bem. e é engraçado porque há alguns anos atrás eu era tomada por uma melancolia vespertina, que acabava comigo quando o sol ia embora. eu me lembro de ter mencionado isso no nosso primeiro encontro... mas eu mudei. como sempre. e as noites sempre me fazem bem. e em algumas noites da minha vida, eu estive com você. sentindo o seu cabelo perfumado e a sua mão quente. e eu me arrependo de coisas bobas que aconteceram, mais ainda das que não aconteceram - você sabe - e tenho saudade. uma saudade doída e feliz. porque dor nem sempre é sinônimo de tristeza. minha saudade sorri porque foi belo, e sente dor porque não foi eterno.


de qualquer jeito, gosto de você. ainda. gostava.

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