sábado, 28 de março de 2009

Victor, fly me to Stafford

Sempre que vejo por aí uma indicação de que você está vivo, de que conversa com as pessoas, de que anda, de que sai, de que trabalha, de que sofre, de que enfim. Toda vez que percebo de repente que você ainda vive é um baque. Sabe, não ser ao menos seu amigo é duro pra mim porque parece mesmo que você morreu. Meu amor perdido é aquele amor que a vida levou, não que o tempo separou. Distância eterna, mais ou menos assim, me mantendo longe de você. E parece que vai ser pra sempre.

Sempre que passo pela sua cidade peço intimamente que te coloquem no meu caminho, para que eu te encontre e te diga um grande oi surpreso. Tenho receio de que não me reconheça ou que não queira mesmo falar comigo. Mas te ver já seria bom.

Me pergunto se você me tem como uma mitologia, também. Se sou uma lenda pros seus sonhos noturnos das noites de insônia quando o sono se transforma em mais que vozes na sua cabeça e é como se morresse - memórias antiguíssimas repassadas no teu cérebro. Eu te vejo como um Deus, uma pintura das cavernas, uma pirâmide, Jô Soares, sei lá. Sei que você existe, sei que é belo, mas não te vejo.

Sonho com o dia em que vou te encontrar no mais puro acaso e vou poder gritar teu nome do outro lado da rua, atravessar correndo e dizer pelo menos oi, e talvez, desculpa. Meu grande credo, no meu altar, em mim, aqui, no meu coração, pra sempre.

Volta.

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